quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A espátula de Natal



















Ontem, comemoramos mais um Natal em família.
Mais uma noite de Natal feliz em minha vida!
E sempre é muito alegre , cheia de surpresas e aventuras nossa noite de Natal.
Tento organizar tudo na maior boa vontade, mas surpresas sempre são o ponto alto da nossa festa.
Minha noite de Natal começa às 10h da manhã, quando fritamos as rabanadas à seis mãos ( Favinho, Arlete e eu). Entre cafés, risadas, piadinhas e muita reclamação do calor na cozinha, fazemos nossas "Torradijas" deliciosas!
Assim que terminamos, comemos algumas para nos certificarmos se ficaram boas!
A ceia começa a ser preparada e a casa a ser arrumada para a grande noite.
É claro que sempre falta algum ingrediente imprescindível para a ceia, então alguém é escalado como voluntário para ir ao mercado.
Tudo é muito simples, apenas a vodka é francesa para dar glamour à cozinheira!
O almoço é sempre muito corrido, mas muito comemorado também. Este ano tivemos um almoço com muitos sushis e sashimis.
Às 16h tudo está praticamente pronto, então é hora de repousar a cútis.
Sempre divido a cama com papéis de presentes, tesoura, fitas e durex. Empurro tudo para o canto e durmo para poder aguentar a noite.
A roupa que vou usar é importantíssima, tem que ter um quê natalino e os brincos têm que ser de estrelas!
Às 22h os primeiros convidados chegam e começamos a fazer o nosso mural de Natal. Acho que há uns dez anos criamos este mural para fazermos nossos pedidos para o ano seguinte.
E vocês podem não acreditar, mas o nosso mural é mágico: A maioria dos nossos pedidos são atendidos.
Fazemos nossas orações e entre sorrisos e risadas comemos o artista principal que sempre é servido pela Adriana (só ela sabe fatiar decentemente o peru).
Este ano, para deleite de alguns e desagrado de outos, comprei uma espátula de cortar bolo musical.
Quando parti a torta de limão e ela começou a tocar, todo mundo arregalou os olhos e tentou descobrir de onde vinha a música.
O problema é que enquanto eu cortava a torta ela não parava de tocar.
Após alguns minutos as pessoas já estavam querendo atirá-la pela janela. A coisa foi tão séria que uma convidada mais rebelde embrulhou a coitadinha em um pano de prato (como se fosse uma mordaça) para fazê-la calar-se.
Vendo o desespero de meus convidados, acabei por trancafiá-la em uma gaveta na cozinha.
Hoje pela manhã fui retirá-la do cativeiro e constatei que havia calado-se para sempre.
Nana Pereira

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