terça-feira, 17 de novembro de 2009

O dia em quase fui à Paris






















Foi em abril de 2003, acho que foi por volta do dia 24 que tudo começou.

Meus dias andavam meio tristes e eu quase nem sorria, não olhava o céu,

sequer ia até a varanda.

O telefone tocou e recebi a melhor notícia dos últimos tempos em forma de

pergunta:

_ Quer realizar o grande sonho da sua vida?

Eu estava recebendo passagens de ida e volta para Paris.

Primeiro pensei que era uma brincadeira, depois achei que estava sonhando e

finalmente cheguei à conclusão de que Deus estava satisfazendo a um de

meus mais velhos desejos: ir à Paris.

Meu coração encheu-se de emoção, uma alegria imensa inundou minha vida e a

todo instante meus olhos brilhavam e sorriam.

Fui até a varanda e me debrucei no parapeito para olhar as pessoas que

andavam na rua. Era horário de almoço e o dia me pareceu iluminado, cheio

de cores.

Coloquei para tocar aquele meu velho CD de "Chansons Françaises" e dancei,

cantei e meu coração transbordou de tanta felicidade. Lembrei-me da "Rue de la Felicité"....

A vida passou a ter outro sabor. AH! La vie en Rose"...

Cheguei a sentir o cheiro do café servido nas mesas dos Cafés de Paris,

andei pelas ruas, olhei bem de perto a Torre, o Arco do Triunfo...

Vi pessoas elegantes, turistas nem tão elegantes, gente falando em

francês..

_ OH! Mon Dieu!!!

Durante 24h fui a pessoa mais feliz e agradecida do mundo.

De repente, não mais que de repente, as passagens foram recolhidas sem que eu

tivesse voltado à realidade e mesmo assim, continuei com aquela sensação de

felicidade.

E agora mais do que nunca aprendi que : O coração pode fazer planos, mas a

resposta certa dos lábios vem do Senhor.

Aprendi que sonhar cura praticamente todas as tristezas da vida.

Aprendi que sempre existe motivos para sermos felizes.

Aprendi que a verdadeira riqueza é aquilo que somos, não o que temos.

Aprendi que rica é a pessoa que está contente com o que tem.

Aprendi que as sensações boas se tornam ainda melhores quando são

compartilhadas.

Aprendi que as pessoas são tão felizes quanto resolvem ser.

Por isso e apesar de tudo, continuo me encantando e agradecendo a Deus por

estar viva.

Talvez eu devesse mudar o título dessa história e chamá-la de "A vida é

bela".

Agradeço especialmente às minhas duas meninas muito amadas, à minha

querida amiga Yolanda, a todas as minhas amigas por serem

muito mais importantes para mim do que minha viagem à Paris.

A todos que lerem essa história : AU REVOIR!!!!!


By Nana Pereira

2 comentários:

Anônimo disse...

Nádia, a postagem foi muito bonita e um exemplo de doação de vida. Uma espécie de faça-se em mim conforme Vossa vontade, mas sem passividade, é claro. Com muita compreensão. Adorei isso:
"Aprendi que rica é a pessoa que está contente com o que tem."
É muito importante a gente conseguir essa maturidade. As "puxadas de tapête" ficam enterradas e serviram apenas como experiência de vida. Adoro ver você alegre e feliz. Beijokas sabor pastel de feira. Manoel.

Ana Lucia disse...

Bonito post e a musica linda!Parabens!