quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Esses cães, pobres cães!



Antigamente os cães corriam alegres pelo quintal,tinham nomes singelos como Teco, Cacareco, Bolinha , Tica  e saiam às ruas quando recebíamos uma visita e  esquecíamos o portão aberto.
Hoje, eles vivem em apartamentos desproporcionais aos  seus tamanhos, tem nomes de artistas famosos, personagens de novelas da globo ou até daquela vizinha ou vizinho de quem não gostamos.
Saem para passear com suas roupinhas bizarras, alguns usam até óculos de sol e todos saem de casa para fazer suas necessidades nas ruas.
Tive vários cãezinhos na  infância, e era uma alegria ser recebida por eles quando voltava da escola , faziam festa e ficavam agradecidos quando ganhavam um osso suculento.
Agora as coisas mudaram, os cães são praticamente humanos, tem alergias e doenças como nós humanos, fazem ultrasom, são estressados, tomam florais de Bach e se bobear tocam até violino.
Alguns tem lugar cativo no sofá da sala , assistem novelas e se o dono vacilar ,tem até a posse do controle remoto da TV.
Parece que as pessoas tem cães para diminuir sua solidão e descontarr suas carências.
Pobres cães!
Vocês vão pensar  : essa aí não gosta de animais, muito menos de cachorros. Não é verdade, tenho uma cadelinha pinscher que atende pelo nome de Baby Xuxuzinho (Beibuca para os íntimos) e ela me recebe todos os dias toda alegre e saltitante quando chego em casa, senta em cima do meu pé quando estou escrevendo no computador ( neste momento ela está bem em cima do meu pé esquerdo) , mas é apenas um cãozinho , faz suas necessidades no jornal que fica na área de serviço e quando sai à rua é apenas para passear.

Sinto tanta saudade do tempo em que cães eram apenas cães!



Nana Pereira

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